Há um tempo, a transição de cabelo tornou-se algo mais marcante entre as mulheres, um procedimento que consiste em abandonar qualquer tipo de química que alisa os fios e dê lugar aos naturais. Hoje em dia, significa mais do que parar a progressiva, relaxamento ou qualquer outro produto químico. É um grito de liberdade contra os padrões de beleza estabelecidos anos atrás e que ainda hoje trazem consequências.
Algumas normas criaram a ideia de que cabelo crespo não é bonito e que, por isso, é preciso recorrer a métodos como alisamentos químicos para “encaixar e ser mais aceito”.
Com a crescente aceitação do cabelo natural, é possível ver mulheres aparecendo em comerciais de TV, filmes e séries sem nenhum tipo de tratamento químico para o cabelo atender ao padrão exigido por uma determinada sociedade.
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Em 2001, foi lançado o filme ‘O Diário da Princesa’, mostrando a transformação da protagonista Mia Thermopolis, que foi vivida pela atriz Anne Hathaway, para atender aos padrões da nobreza. Para isso, seus cabelos, antes naturais, foram alisados. Por mais inofensivas que possam parecer as atitudes de um longa-metragem voltado para o público jovem e sem intenção clara, a mensagem é que se você tinha cabelos cacheados, não preenchia um dos requisitos para ser uma princesa.
A transição capilar passou a ganhar força há cerca de oito anos, quando blogueiras e youtubers aumentaram a visibilidade do tema e passaram a dar dicas sobre cabelos cacheados, incentivando mulheres a se submeterem ao procedimento com as informações necessárias.
A maioria das pessoas com quem você fala que fizeram a transição dirão que não é fácil, mas vale a pena.
O processo começa com uma decisão e não tem prazo, varia de pessoa para pessoa, tipo de química e tempo de uso desses produtos. Sim, os fios estão mais fragilizados, então é preciso focar na recuperação. Para então ele crescer mais rápido e mais forte.
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No início, o cabelo tem duas texturas e há opções nesse quesito: texturizar as partes ainda lisas, box braids ou o Big Chop, que consiste em cortar toda a parte lisa do cabelo e deixar apenas a parte natural crescer. A decisão do Big Chip precisa ser bem pensada, pois os vários cortes são um choque, o cabelo passa a ser curto e diferente da visão que se está acostumado.
Uma das coisas que a transição capilar afeta é a autoestima, principalmente quando o cabelo natural começa a crescer sem forma e com fios quimicamente tratados. Porém, o reflexo que vemos no espelho e a forma como lidamos com ele internamente podem pesar com o tempo e trazer ainda mais certeza para a decisão de se submeter ao procedimento.
A transição é um sinônimo de força e é um processo de libertar a sua mulher interior que foi presa devido aos padrões da sociedade, mas não pense que por ter nascido com o cabelo cacheado e pela tendência da transição você é obrigada a passar pelo processo. Muito pelo contrário, o processo é uma forma de transmitir a sua essência, caso você não se identifique com o seu cabelo natural o alisamento sempre será uma opção.
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